quinta-feira, novembro 21, 2013

teu horizonte



Ao doce,
de cada singular lágrima,
que me aguenta,
e não se retém,
qual rio que me leva,
aqui e agora,
neste eterno,
que presente,
nosso, é,
entranhando na derme,
mais profunda,
da nossa alma e espírito,
o Universo,
teu e meu,
segreda-nos,
na Eternidade do nosso Ser,
e no nossa Lua e Sol,
que sim,
que somos,
que seremos,
tudo o que quisermos.

E nós,
estrelas cadentes,
agora já não perdidas
e sem rumo,
no céu que faz,
muito somos,
candura,
arrepio,
quentura de ausência,
dor imensamente feliz,
soslaio permanente,
sorriso que nos cola,
presença total,
que nos guia,
trejeitos,
os teus,
que me amarram,
certeza incerta,
agrura que serena,
e que explode,
na alquimia que já só somos,
cada uma das nossas células,
cada um dos nossos sentires,
afagos e suspiros,
que já não se retêm,
nem disfarçam
de tão maior,
que são,
na Luz que nos faz.

Sim,
cada singular lágrima,
ínfima parte do nosso oceano,
das estrelas que nos fazem
nesta existência,
paradoxal,
é já só um orientação,
directa a ti,
meu anjo,
estrela que brilha,
da minha Via Láctea,
que nos anima,
ao luar,
pleno e total,
do teu olhar,
prata eterna,
que já só me faz,
e me faz olhar
o teu Horizonte.

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