segunda-feira, dezembro 19, 2011



Se alguma Luz,
te pode parecer,
na penumbra
 que sou,
e que
tua sombra
duvido
se ilumina,
quero que saibas.

Simplesmente,
que saibas,
porque é
conforto,
já bastante.

Que saibas
Que Te pedi,
assim desse jeito,
tal qual és,
sem tirar nem pôr,
candura e ânsia,
que não alcanço.

Que Te pedi.
A Ti,
aos Deuses,
aos meus
e aos teus,
ao Universo
e ao Cosmos,
que nosso é,
mesmo que não sonhes.

Que fí-lo,
numa carta,
rasurada a lápis,
por escrever,
já sem envelope,
 lacrada,
 só com o agridoce
da nossa alma,
e dirigida
à Mãe Lua,
que a acolheu,
com um sorriso.

Que fí-lo,
e faço-o,
à luz duma estrela,
branca e reluzente,
que limita-se
a desenhar-te,
em tons de azul,
e a soletrar-me
o teu Ser,
melodia que não se cala,
nem fim tem.

Quero que saibas.
Assim mesmo,
mesmo antes
de eu próprio saber,
que és uma constelação,
a minha,
magicada
pelos planetas
em que te ausentas,
para mim.

(para Ti,
mesmo que não (me) sonhes)

terça-feira, dezembro 13, 2011

Meu



Porventura,
sonhar-te
já é demasiado.

Na imensidão
que os meus dedos
só imaginam,
e não podem,
jamais,
revelar.

Na intemperança
que a lembrança,
em permanência,
dá,
sem olvidar.

Na negação,
doce fingir,
incrédulo querer,
suspiro árido,
 de algodão,
em que te escondes.

É!
Só pode ser.

Tomar-te
no mel dos teus olhos,
nas tormentas
vagas de Outuno
que se quedam,
à luz do farol,
na praia de seixos,
é só um desvario
de verao de Inverno.

 Meu.

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