quarta-feira, setembro 02, 2015

manifestam


 
o Todo,
que és,
em mim,
no veludo,
de silêncio
e sabor
de maresia
em ti,
Totalidade,
que faz,
É,
sonha,
e guia.
Qual Sol,
eterno,
na cheia Lua,
que és,
e teus olhos,
sussurro
já inaudível,
Manifestam.

sábado, abril 25, 2015

sempre



Sabes?
E queres
saber?
Ousas querer
saber?
 
E sentes?
E queres
sentir?
Ousas querer
sentir?
 
E sonhas?
E queres
sonhar?
Ousas querer
sonhar?
 
Então,
eterno Menino,
e Menino eterno,
re-inventa-te,
re-vive.
Sê,
sempre aqui
e agora sempre,
no fio de Luz,
que bem sabes
que És.

Então,
Menino de luz,
Quer,
Sente,
Sonha e

sempre 
ao sabor
da maresia
e da luz,
da penumbra,
iluminada
pela estrela polar,
que nasce e vive,
todos os dias,
e a cada instante,
latente
e por explodir,
em Ti.
 
Sempre.


terça-feira, dezembro 24, 2013

lua



Neste mar,
oceano do teu sentir
tormenta da tua falta,
em mim,
só este rio,
que nasce nas recantos da tua alma,
me serena
e me faz ser o que és.
Feito de mel e lilás,
de boa dor
plenitude da tua presença ausente,
totalidade do teu ser,
inutilidade de verbo,
que desagua na imensidão do teu olhar,
e é a face do icebergue,
que se nos revela
e nos descobre.
Em Ti,
em Mim,
em Nós,
nosso plural
que Uno é.
E nos guia,
a cada nossa lágrima
e lua.

quinta-feira, novembro 21, 2013

teu horizonte



Ao doce,
de cada singular lágrima,
que me aguenta,
e não se retém,
qual rio que me leva,
aqui e agora,
neste eterno,
que presente,
nosso, é,
entranhando na derme,
mais profunda,
da nossa alma e espírito,
o Universo,
teu e meu,
segreda-nos,
na Eternidade do nosso Ser,
e no nossa Lua e Sol,
que sim,
que somos,
que seremos,
tudo o que quisermos.

E nós,
estrelas cadentes,
agora já não perdidas
e sem rumo,
no céu que faz,
muito somos,
candura,
arrepio,
quentura de ausência,
dor imensamente feliz,
soslaio permanente,
sorriso que nos cola,
presença total,
que nos guia,
trejeitos,
os teus,
que me amarram,
certeza incerta,
agrura que serena,
e que explode,
na alquimia que já só somos,
cada uma das nossas células,
cada um dos nossos sentires,
afagos e suspiros,
que já não se retêm,
nem disfarçam
de tão maior,
que são,
na Luz que nos faz.

Sim,
cada singular lágrima,
ínfima parte do nosso oceano,
das estrelas que nos fazem
nesta existência,
paradoxal,
é já só um orientação,
directa a ti,
meu anjo,
estrela que brilha,
da minha Via Láctea,
que nos anima,
ao luar,
pleno e total,
do teu olhar,
prata eterna,
que já só me faz,
e me faz olhar
o teu Horizonte.

domingo, novembro 17, 2013

és


és.
e simplesmente ao seres,
és-me Tudo,
totalidade em que me afogo e vivo,
intensidade completa,
que me faz crescer lágrimas de mim,
ora de água doce,
limpida, pura e cristilina
ora de água salgada,
da turvez do fundo do mar, por descobrir,
que também somos.

és.
e ao seres
sou tudo o que sou,
tudo o que não sou
tudo o que bate em mim,
tudo o que me arde e queima,
tudo.
simplesmente, Tudo.

és.
toda a paz e tranquilidade,
no oceano infinito que somos,
toda a tranquilidade e paz,
que construimos.
todos os meus elementos,
toda a força motriz,
que me anima
e que nos dá vida e nos faz viver,
como um gotejo,
que acaricia o arrepio na tua pele,
doce, suave e intimo veludo,
de que foste feita nas estrelas,
flor que se revela,
na rudeza das minhas mãos.

És.
e assim eu Existo e Sou.

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