sexta-feira, outubro 09, 2009

Sabor

Penso,
penso que sei,
mas sei que não sei.
Sinto,
mas só sonho.
Lembro,
mas só vejo.
Teu perfil,
à mingua
das minhas mãos,
e ao veludo
do teu sabor.

domingo, outubro 04, 2009

Ausente


Qual som,
inaudito,
a chuva que chapinha,
ao sabor do vento,
na rudeza da janela,
na crueza do silêncio,
dormente,
presente que é
e finge embalar.
Qual surdo,
desalmado,
ausente,
que silentemente recolhe
a voz doce desse piano,
ao calar-se.

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