quarta-feira, março 20, 2013

fugaz





Não é
possível.

Que verbo
materializa
o enfaixe,
que só alma reconhece,
qual choque,
que revitaliza,
e dá luz.

Que verbo
aproxima
o doce de menta
do veludo de aloé vera,
na pele,
e nos recantos,
que tacteo
no olhar,
e que sinto
no encanto da ausência,
presente.

Que verbo
intensifica
a densidade da leveza,
a doçura do peso
e o sonho,
que as estrelas escrevem
no brilho,
sereno e vulcânico,
dum olhar.

Fugaz e eterno.

sábado, março 09, 2013

é


é.
e é lindo,
e deixa-me sem sentir,
luz que me fala.

sentir-te,
na imensidão
que não sinto,
mas vai ao arrepio.

tactear-te,
no veludo que não existe,
mas ao meu alcance.

ouvir-te,
na mudez,
que o silêncio,
que reclama Verbo,
e já não aguenta.

ver-te,
na penumbra da ausência,
que te faz presente,
aos olhos
que te radiografa.

cheirar-te,
no esgar
que a alma te revela
e denuncia.

paladar-te,
na prata da Lua,
e na água que te faz
emoção retida
e suspirada

é,
mas não só assim.

é,
na distância,
que é aqui,
no tempo,
que não existe,
mas te abraça,
no espaço,
que te toca,
na incerteza,
que é única certeza.

é,
simplesmente no que é.

e é vaga de luz,
que dia faz da escuridão,
em mim,
sonho que não é.

domingo, março 03, 2013

farol

 
sentir-te,
em nenhures,
em mim,
na mágica,
que só posso,
simplesmente,
sentir-me,
sentindo-te.
 
e estar grato,
sem limite.
 
afinal,
a estrela,
que és,
é só inteligência,
no veludo,
atemporal
que alcanço
e me guia,
no tempo,
que já não é.
 
perceber-te
no âmago
que tacteo,
é um farol,
que não existe,
na descoberta
que manifesta
e revela.
 
 
 

seguidores