sexta-feira, setembro 13, 2013

atrever-me





na bruma,
de névoa agridoce,
e zen indolor,
que somos,
não me atrevo
a só segredar-te
que teus olhos,
de amêndoas doces,
que me alimentam
a cada instante,
são a Luz
que me guia
e me ilumina,
na penumbra da minha lúgubre existência,
a Paz,
na guerra que ainda sou,
e que me toma
e á qual só me aprisiono,
qual gotejo,
salgado duma lágrima,
que se integra no oceano,
que também és.

não me atrevo
a segredar-te,
na minha mudez e
no segredo da tua alma,
que és a prata,
que te faz,
e me faz,
nossa ponte,
reflexo do teu Ser,
porto de abrigo eterno,
de cada tormenta,
miragem já nossa.

não me atrevo
a expressar-te
tanto tão pouco,
estrela do Norte,
Tudo que és,
totalidade que somos,
verbo que não vale,
não mensura,
não expressa,
nem te segreda,
nem ideia pode dar-te
da plenitude que é,
em mim e em nós,
amar contigo.

Não,
não posso atrever-me...


"pra você",
Anjo,
Mulher e
Lua

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