quinta-feira, maio 02, 2013

invades-me.



Invades-me.

sem agravo
e medida,
qual oceano
na calmaria
e suavidade
dum maremoto,
que recebo
na tormenta
dum icebergue,
ao vento
e à tempestade.

Invades-me.

de bom grado,
na paz,
de silêncio,
e ausência
sentir
que só a
profundidade
do Ser
pode revelar,
e revela
no suave arranhar
e insupeito arrepeio,
que já é nosso.

Invades-me.

E eu,
que já não sou,
já só quero
essa invasão,
turbulenta e feroz,
comunhão,
na distância
e presente,
que aparenta
que é.

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