sábado, setembro 25, 2010

De ti, sem ti.



Quisesse eu tomar-te,
em mim,
parte de mim,
que já não me pertence.

Aconchegar-te,
no sofrimento e angustia,
Silenciosa e solitária,
revelada por um rio,
de gotejos inauditos,
germinados
no infortúnio do desejo,
e desaguados na estreiteza,
 que somos.

Aconchegar-te
para trazer,
além da pele
e dos sentidos,
a Alma que és,
no fardo que se revela,
Tudo de ti,
sem ti.

sábado, setembro 11, 2010

Já floresce


Não te olvides.
Com suavidade na veludez,
crua doçura,
nas pétalas,
que agregas,
e nos espartilhos de Luz,
que expandes.

Não te olvides,
nem postergues:
Hoje transparências és,
e elas te são,
moldadas à mão de ferro,
em barro nú,
dum sorriso frágil
à guarda dum Ser, 
alma de margaridas,
penumbras e solistícios.

Lembra-te,
Hoje é vertigem ,
amanha arrepio.
O Sul Norte,
Desconstruir plantar.
 O perfume,
que já floresce.

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