sábado, setembro 25, 2010

De ti, sem ti.



Quisesse eu tomar-te,
em mim,
parte de mim,
que já não me pertence.

Aconchegar-te,
no sofrimento e angustia,
Silenciosa e solitária,
revelada por um rio,
de gotejos inauditos,
germinados
no infortúnio do desejo,
e desaguados na estreiteza,
 que somos.

Aconchegar-te
para trazer,
além da pele
e dos sentidos,
a Alma que és,
no fardo que se revela,
Tudo de ti,
sem ti.

1 comentário:

M(im) disse...

Subtil.
Ardil para o pensamento.
Que se deixa ir e leva a alma atrás.
Belo, Rogério

Beijo

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