sábado, abril 11, 2009

Lembra-te!

Lembra-te!

No limbo
Da Noite
E da Lua.
Na instante voragem,
Do dia e do Sol,
que morre,
Lembra-te!

Lembra-te,
que não existo,
E que não perduro.

Lembra-te,
que não existirei,
E que não perdurerei,
Nunca.

Não jamais!
Para além,
De um suspiro mais,
No infinito
Da minha Lembrança.
E na finitude
Do meu querer,
Que perene julguei,
E eterno me é.

Lembra-te!
Do arrepio.
E da vertigem,
Que fomos,
E juramos ser.

Lembra-te!
Dos tons,
E das cores,
Das áleas
Da aparência,
Ao meu olhar.

Lembra-te!
Pelo menos,
Para que
exista!
..
foto: Rogério Freitas Sousa

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