domingo, dezembro 06, 2009

minha


Que paz?

Se só na inexistência,

tudo existe,

e é!


A dor inaudita,

insensitiva sofreguidão,

o perene instante,

parcial eterno,

as totalidades fugazes,

nadas de tudos,

unicos que me são.



Que paz?


Se a tranquilidade,

é a que me dás,

no veludo vermelho,

dum cálice,

de mudez,

cegueira e surdez.

Na ausência

de todos os instantes,

na eterna presença

de cada ausência.


Só minha.

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