segunda-feira, julho 14, 2008

Que jamais existiu.

foto daqui.

Aveludado.
Suspenso.
Imberbe.
Assim, desnudei-te.

Num oceano de espinhos,
Sem dó,
sem piedade.
Por mim.

Na seda e nos nós
de certezas,
e ilusões.
Fi-lo.

Mas desnudar-te,
à distancia de um olhar,
é nada!
E olhar-te nada é!

Na eternidade do perene,
nunca me cruzei
com a tua saciedade,
feita fome e sede.

Desnudei-te,
no tactear aveludado
dos meus dedos
e no arrepiar
das minhas unhas.

Sofrível inverdade:
esses dedos são de fel.
E tais unhas, lâminas.
Só matam.
A ansiedade,
feito olhar,
Que jamais existiu.

2 comentários:

Su disse...

adorei a foto, a luz, a sombra, a cor....uma ilha..........
gostei das palavras aparente.mente doces.................

jocas maradas

rogério sousa disse...

Su: sim, nem tudo o que parece é e nem tudo o que é, parece. não é?
:) ainda bem que gostas.

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