terça-feira, dezembro 24, 2013
lua
Neste mar,
oceano do teu sentir
tormenta da tua falta,
em mim,
só este rio,
que nasce nas recantos da tua alma,
me serena
e me faz ser o que és.
Feito de mel e lilás,
de boa dor
plenitude da tua presença ausente,
totalidade do teu ser,
inutilidade de verbo,
que desagua na imensidão do teu olhar,
e é a face do icebergue,
que se nos revela
e nos descobre.
Em Ti,
em Mim,
em Nós,
nosso plural
que Uno é.
E nos guia,
a cada nossa lágrima
e lua.
quinta-feira, novembro 21, 2013
teu horizonte
Ao doce,
de cada singular lágrima,
que me aguenta,
e não se retém,
qual rio que me leva,
aqui e agora,
neste eterno,
que presente,
nosso, é,
entranhando na derme,
mais profunda,
da nossa alma e espírito,
o Universo,
teu e meu,
segreda-nos,
na Eternidade do nosso Ser,
e no nossa Lua e Sol,
que sim,
que somos,
que seremos,
tudo o que quisermos.
E nós,
estrelas cadentes,
agora já não perdidas
e sem rumo,
no céu que faz,
muito somos,
candura,
arrepio,
quentura de ausência,
dor imensamente feliz,
soslaio permanente,
sorriso que nos cola,
presença total,
que nos guia,
trejeitos,
os teus,
que me amarram,
certeza incerta,
agrura que serena,
e que explode,
na alquimia que já só somos,
cada uma das nossas células,
cada um dos nossos sentires,
afagos e suspiros,
que já não se retêm,
nem disfarçam
de tão maior,
que são,
na Luz que nos faz.
Sim,
cada singular lágrima,
ínfima parte do nosso oceano,
das estrelas que nos fazem
nesta existência,
paradoxal,
é já só um orientação,
directa a ti,
meu anjo,
estrela que brilha,
da minha Via Láctea,
que nos anima,
ao luar,
pleno e total,
do teu olhar,
prata eterna,
que já só me faz,
e me faz olhar
o teu Horizonte.
domingo, novembro 17, 2013
és
és.
e simplesmente ao seres,
és-me Tudo,
totalidade em que me afogo e vivo,
intensidade completa,
que me faz crescer lágrimas de mim,
ora de água doce,
limpida, pura e cristilina
ora de água salgada,
da turvez do fundo do mar, por descobrir,
que também somos.
és.
e ao seres
sou tudo o que sou,
tudo o que não sou
tudo o que bate em mim,
tudo o que me arde e queima,
tudo.
simplesmente, Tudo.
és.
toda a paz e tranquilidade,
no oceano infinito que somos,
toda a tranquilidade e paz,
que construimos.
todos os meus elementos,
toda a força motriz,
que me anima
e que nos dá vida e nos faz viver,
como um gotejo,
que acaricia o arrepio na tua pele,
doce, suave e intimo veludo,
de que foste feita nas estrelas,
flor que se revela,
na rudeza das minhas mãos.
És.
e assim eu Existo e Sou.
sábado, setembro 21, 2013
sinto-te
sinto-te,
plena e total,
por amar
e integralmente amada.
nas palmas das minhas mãos,
em cada célula de mim,
e em cada tua dor,
teu fulminante desespero
ou mesmo desamor,
na agrura física,
que me assalta
e de que sou agora feito,
em contínuo
tudo em mim.
na ponta dos meus dedos,
na oceano do meu coração,
no orvalho de que brotas,
em cada músculo,
já todos teus.
sinto-te,
Ser mágico,
lindo e por descobrir,
no ápice em que te descobres,
te transformas e
te amas,
ao peso da nossa dor,
a cada passo da tua consciência,
e da tua vontade,
que te faz ser
e assim nos floresce.
sentindo.
plena e total,
por amar
e integralmente amada.
nas palmas das minhas mãos,
em cada célula de mim,
e em cada tua dor,
teu fulminante desespero
ou mesmo desamor,
na agrura física,
que me assalta
e de que sou agora feito,
em contínuo
tudo em mim.
na ponta dos meus dedos,
na oceano do meu coração,
no orvalho de que brotas,
em cada músculo,
já todos teus.
sinto-te,
Ser mágico,
lindo e por descobrir,
no ápice em que te descobres,
te transformas e
te amas,
ao peso da nossa dor,
a cada passo da tua consciência,
e da tua vontade,
que te faz ser
e assim nos floresce.
sentindo.
sexta-feira, setembro 13, 2013
atrever-me
na bruma,
de névoa agridoce,
e zen indolor,
que somos,
não me atrevo
a só segredar-te
que teus olhos,
de amêndoas doces,
que me alimentam
a cada instante,
são a Luz
que me guia
e me ilumina,
na penumbra da minha lúgubre existência,
a Paz,
na guerra que ainda sou,
e que me toma
e á qual só me aprisiono,
qual gotejo,
salgado duma lágrima,
que se integra no oceano,
que também és.
não me atrevo
a segredar-te,
na minha mudez e
no segredo da tua alma,
que és a prata,
que te faz,
e me faz,
nossa ponte,
reflexo do teu Ser,
porto de abrigo eterno,
de cada tormenta,
miragem já nossa.
não me atrevo
a expressar-te
tanto tão pouco,
estrela do Norte,
Tudo que és,
totalidade que somos,
verbo que não vale,
não mensura,
não expressa,
nem te segreda,
nem ideia pode dar-te
da plenitude que é,
em mim e em nós,
amar contigo.
Não,
não posso atrever-me...
"pra você",
Anjo,
Mulher e
Lua
domingo, setembro 08, 2013
renasces
por tudo,
renasces.
totalidade
e horizonte,
renasces,
das cinzas,
no fogo,
que nos queima na ausência
na saudade,
que nos mata,
a cada batida descompassada,
na fome,
que nos alimenta a cada lagrima,
na sede,
que nos debilita no mel, que nos foge e não se entranha,
no arrepio,
que nossos lábios não sentem,
no ardor,
que nossa veludez ainda não enleva,
no inseparável
que ainda não é um com totalidade.
renasces,
oh Lua!,
qual Fénix,
no rasto que deixamos,
com alma, coração e veludez,
Luz de prata,
amor que vive
e amando modela
o Sol e a Lua,
e a Luz dos meus olhos.
Que só amam mais
a cada teu renascer.
segunda-feira, julho 29, 2013
nos transforma
em mim,
qual gota
de água,
de nós,
que se esvai,
suavemente
e sem agrura,
no nosso mar,
já oceânico,
na Lua minha,
que és,
em todos os quadrantes e fases,
ao Sol nascente que te alimenta
e faz ser,
vertigem,
que nos dá vida
e nos transforma.
sexta-feira, junho 21, 2013
que te revela
Ter-te,
a ti,
em mim,
assim,
plena,
total,
singular,
individual,
é ter-me,
em ti,
no veludo,
doce,
menta,
frescura
que és,
no cetim,
que te cobre,
nua,
e te veste,
pele que te desnuda,
alma nossa,
no Ser
que nos reclama,
na urgência da existência,
que será,
eternidade que é,
na lágrima,
já nossa,
escondida,
oceano
que te revela.
Para ti,
Anjo,
Mulher
e Alma de mim.
quinta-feira, junho 13, 2013
incomensurável
os sentidos,
já dormentes
e exaustos
se sentem,
de te ter,
em continuo
e em totalidade,
na tua ausência,
fragrância,
única presença
que não me dás,
no sabor que é teu
e nosso,
cadência,
e presença
que nos tece,
no vagar
da onda que és.
já incomensurável.
sexta-feira, junho 07, 2013
estar só
O verbo,
já não mensura,
nem alcança,
não significa
o que já só
expressar-se
no Silêncio,
ausência das palavras,
verbo manifestado,
de estrelas,
Sol e Lua,
sinfonia
no encanto
que só o brilho
da alma,
qual noite de Lua cheia,
céu imaculado,
e mar de prata,
manifesta,
reconhece
e expande,
no nosso
pleno e total
estar só.
sábado, junho 01, 2013
tudo.
Na linha do horizonte,
inamovível,
que sentimos,
e nos une
na separação,
e nos aparta
na união,
nosso diapasão,
na existência,
em que já só posso dar-te
Tudo.
Tudo,
o que sou.
Amor incondicional,
que se realiza,
e materializa,
sem limites,
na simetria etérea,
que somos,
na distância
que aparentamos,
na proximidade,
que não fingimos,
nossa Liberdade,
que nos constrói,
no presente,
célula a célula,
sentir a sentir,
extâse,
nossa ressonância
e viver.
Tudo,
que já só é,
simplesmente,
demais
e de somenos,
totalidade
que nos preenche
e realiza.
sábado, maio 25, 2013
demasiado pouco
Já o sussurro
não serve,
nem suficiente é.
Já o desejo
não juz faz
à Lua,
totalmente nossa,
tua e minha,
que se quis
levantar no horizonte,
da nossa existência,
no arco-íris integral,
que nos cobre,
qual seda intáctil,
no nú
que somos,
e já só queremos,
nos resiste
e nos une,
no presente eterno.
Já não é o bastante,
na emergência
que somos,
e nos tornamos,
a cada segundo,
intemporal,
materialização
já acontecida
e por acontecer,
sempre,
na Luz,
nossa prata
de emoções.
Já não serve.
Só ser,
pode ser
a cada instante,
comunhão,
integral,
nossa salvação,
caminho,
e integração.
Amor,
pleno, total, integral,
que é,
se queira ou não.
Por isso,
já É,
tudo.
Até demasiado pouco.
sexta-feira, maio 17, 2013
não sei
confesso-me,
para que
não duvide,
eu próprio.
não sei,
como mensurar,
o imensurável,
como alcançar,
o inalcançável,
libertar,
o já liberto,
amar,
o que já só peca por excesso,
dar,
o que já dado foi,
significar,
o já compreendido,
sentir,
o já sentido.
não sei,
como ser,
quando já sou,
qual torrente,
a que sou alheio,
que nasce,
no deserto,
que é meu,
e que não se põe
no mar,
horizonte
da existência
qual fado,
que me enreda,
realiza
e não materializa.
não, não sei,
mas sei,
que não sei.
quinta-feira, maio 09, 2013
nós
Nós,
que eu não sou,
rendo-me,
ao nosso Ser,
que nos tece
nesta infinitude,
presente oceânico,
feito de alma,
Sol
e Lua.
Nós,
que não és tu,
e que aceitas
a demanda,
já só nossa,
na existência,
que somos,
nos revela
e guia.
Nós,
soma de fusão,
que eu e tu somos,
já só conjugamos
este singular plural,
estrela polar
nossa guia,
rumo e destino,
que nos é oferecido,
na vertigem,
que já É
e o Universo nos dá.
quinta-feira, maio 02, 2013
invades-me.
Invades-me.
sem agravo
e medida,
qual oceano
na calmaria
e suavidade
dum maremoto,
que recebo
na tormenta
dum icebergue,
ao vento
e à tempestade.
Invades-me.
de bom grado,
na paz,
de silêncio,
e ausência
sentir
que só a
profundidade
do Ser
pode revelar,
e revela
no suave arranhar
e insupeito arrepeio,
que já é nosso.
Invades-me.
E eu,
que já não sou,
já só quero
essa invasão,
turbulenta e feroz,
comunhão,
na distância
e presente,
que é.
quarta-feira, abril 24, 2013
no presente
pensava querer.
verbalizar,
implodir
o vulcão,
que me toma,
por completo,
sem mensura
e totalidade.
sobra só
o silêncio,
regado por lágrimas,
doces de menta,
que a abnegação pede.
pensava,
mas já nem isso.
o sentir,
qual verbo materializado,
é que me fala,
a instante,
que Existes
e És,
qual mágica,
a mais pura pérola,
no recanto da tua alma
e que segues
a Estrela,
nossa guia.
por isso,
recuso-me pensar.
limito-me ao que É,
que aceito incondicionalmente,
Luz dourada,
que ilumina
no breu da noite,
o nosso Ser,
na união,
na eternidade
e no presente.
(a quem me ilumina)
quarta-feira, março 20, 2013
fugaz
Não é
possível.
Que verbo
materializa
o enfaixe,
que só alma reconhece,
qual choque,
que revitaliza,
e dá luz.
Que verbo
aproxima
o doce de menta
do veludo de aloé vera,
na pele,
e nos recantos,
que tacteo
no olhar,
e que sinto
no encanto da ausência,
presente.
Que verbo
intensifica
a densidade da leveza,
a doçura do peso
e o sonho,
que as estrelas escrevem
no brilho,
sereno e vulcânico,
dum olhar.
Fugaz e eterno.
sábado, março 09, 2013
é
é.
e é lindo,
e deixa-me sem sentir,
luz que me fala.
sentir-te,
na imensidão
que não sinto,
mas vai ao arrepio.
tactear-te,
no veludo que não existe,
mas ao meu alcance.
ouvir-te,
na mudez,
que o silêncio,
que reclama Verbo,
e já não aguenta.
ver-te,
na penumbra da ausência,
que te faz presente,
aos olhos
que te radiografa.
cheirar-te,
no esgar
que a alma te revela
e denuncia.
paladar-te,
na prata da Lua,
e na água que te faz
emoção retida
e suspirada
é,
mas não só assim.
é,
na distância,
que é aqui,
no tempo,
que não existe,
mas te abraça,
no espaço,
que te toca,
na incerteza,
que é única certeza.
é,
simplesmente no que é.
e é vaga de luz,
que dia faz da escuridão,
em mim,
sonho que não é.
domingo, março 03, 2013
farol
sentir-te,
em nenhures,
em mim,
na mágica,
que só posso,
simplesmente,
sentir-me,
sentindo-te.
e estar grato,
sem limite.
afinal,
a estrela,
que és,
é só inteligência,
no veludo,
atemporal
que alcanço
e me guia,
no tempo,
que já não é.
perceber-te
no âmago
que tacteo,
é um farol,
que não existe,
na descoberta
que manifesta
e revela.
terça-feira, fevereiro 12, 2013
da Lua
chuva,
de sentir,
de estrelas,
que não é feita.
na mingua
que alcanço,
na incomensura
que atinge.
na certeza
que só
do outro lado.
da Lua.
(ás estrelas que me iluminam)
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