Porventura,
sonhar-te
já é demasiado.
Na imensidão
que os meus dedos
só imaginam,
e não podem,
jamais,
revelar.
Na intemperança
que a lembrança,
em permanência,
dá,
sem olvidar.
Na negação,
doce fingir,
incrédulo querer,
suspiro árido,
de algodão,
em que te escondes.
É!
Só pode ser.
Tomar-te
no mel dos teus olhos,
nas tormentas
vagas de Outuno
que se quedam,
à luz do farol,
na praia de seixos,
é só um desvario
de verao de Inverno.
Meu.
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