sábado, novembro 22, 2008

Se cego serás?



Diz-me o vento,
Ufano e seco.
Nega-me a brisa,
Suave e dormente.

Murmura-me,
No raiar.
E segreda-me,
No entorpecer.

Borbulha-me
No ir e voltar,
Despedeça-me
No estar.

Mas ó vento,
Brisa que és,
E tormenta
Que serás,
que me podes dizer?

Se quedo estás,
Se mudo és,
Se cego serás?

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