Quando se descerra os lábios,
E, querendo monossilabar,
Saí só – forçadamente – um Vazio.
Caústico e mudo.
Infinitamente maior que eu próprio.
Acompanhado de um esgar.
Que paraliza, músculo a músculo,
Célula a célula do que sou,
ou penso ser, inutilmente.
E de um enevoar, feito negrume,
de horizontes de milímetros.
De inultrapassáveis distâncias,
Ao alcance dos meus dedos.
Quando só assim se descerra
As entranhas de uma Alma,
Nada somos!
E nem Verbo existe, jamais.
2 comentários:
Nem sei oq dizer, apenas sinto!
Beijinhossss
Directriz adoro os seus poemas, você consegue sempre dar-lhes uma certa prufundidade que lhes confere uma beleza particular =)
Parabéns, o poema é lindo!
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